Sinopse: Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.
Resenha: Em A Mão Esquerda da Escuridão, Ursula Le Guin apresenta um planeta onde vive uma espécie humana muito singular pela característica de ser totalmente hermafrodita e andrógina. Não existem sexos nem papéis sexuais pré-estabelecidos, toda e qualquer pessoa pode ser pai e ser mãe. Na viagem através desse mundo, o leitor experimenta a vivência de uma realidade onde a dicotomia do masculino e feminino é rompida.
Genly Ai, um enviado da federação de mundos humanos chamado de Ekumen, documenta suas experiências sobre o frio, mundo alienígena de Inverno (ou "Gethen" para o povo local). Para os dois primeiros anos de sua missão no reino de Karhide, Ai é recebido com desconfiança, descrença e medo avassalador.
A missão de Genly é oferecer um convite para que Gethen passe a fazer parte do Ekumen, mas em meio a uma sociedade tão díspar e na qual as entrelinhas do diálogo são tão difíceis de serem decifradas, ele terá um árduo caminho pela frente. Durante seu percurso ele terá de convencer o rei Argaven ou os Orgoreyn e em meio a tudo isso decidir se pode ou não confiar em Estraven (que é acusado de traição pelo rei).
Le Guin apresenta relatos sob a forma de transcrições, documentos genthenianos ou produzidos por emissários da federação anteriores à Genly, que nos fornecem um panorama geral da vida em Gethen e torna esse novo mundo mais real e palpável, contribuindo e muito para o enriquecimento da obra.
Lendo A Mão Esquerda da Escuridão mais 40 anos após a sua publicação, é uma experiência esclarecedora. Não há como negar que este é um trabalho importante na ficção científica, como ele desafia as noções humanas de gênero, os papéis de gênero e sexo.
O que acontece quando o sexo é completamente removido do contexto? Em um mundo onde o sexo é característica de constante mudança, onde os papéis de gênero prescrita não existe, o que resta?
A Mão Esquerda da Escuridão é um romance que quebra paradigmas, é um livro sensacional, é uma obra prima da ficção científica. Intercaladas ao longo do enredo principal (que alterna entre Ai e as perspectivas de Estraven). Cada conto e cada análise fornece uma visão de valor inestimável para a obra, acrescentando mais uma camada de cor para um mundo incrivelmente bem pesquisado e bem desenvolvido.
Dito isso, A Mão Esquerda da Escuridão não é um livro fácil de ler. A prosa de Le Guin é descritiva e graciosa, mas requer um alto nível de concentração e memória para compreender e manter em linha reta os diferentes povos e costumes por toda parte. A menos de 200 páginas, A Mão Esquerda da Escuridão é, contudo, cheio até a borda com ideias desafiadoras, temas e conceitos - não é só o sexo analisado em pormenor, mas também os sistemas políticos, a religião e as facetas da própria natureza humana. Este é um livro difícil, e que poderia desencadear uma série de ensaios e análises aprofundadas. Pode não ser fácil de pegar e ler em uma única sessão (há muita coisa para ser digerida aqui) -, mas isso não é uma coisa ruim. Alguns livros são feitos para serem devorados, outros são feitos para serem saboreados, e este é um desses.
A Mão Esquerda da Escuridão é o tipo de livro que só pode ficar melhor quando lido uma segunda, terceira, quinta vez. É um produto de seu tempo, mas mais impressionante, ele resiste ao teste do tempo. A Mão Esquerda da Escuridão é tão importante - se não mais importante - hoje como era em 1969. Revolucionário, perspicaz e instigante, este continua a ser um clássico romance de Ficção Científica. Este é um romance para ser lido, amado, discutido, e dissecados por todos.
Genly Ai, um enviado da federação de mundos humanos chamado de Ekumen, documenta suas experiências sobre o frio, mundo alienígena de Inverno (ou "Gethen" para o povo local). Para os dois primeiros anos de sua missão no reino de Karhide, Ai é recebido com desconfiança, descrença e medo avassalador.
A missão de Genly é oferecer um convite para que Gethen passe a fazer parte do Ekumen, mas em meio a uma sociedade tão díspar e na qual as entrelinhas do diálogo são tão difíceis de serem decifradas, ele terá um árduo caminho pela frente. Durante seu percurso ele terá de convencer o rei Argaven ou os Orgoreyn e em meio a tudo isso decidir se pode ou não confiar em Estraven (que é acusado de traição pelo rei).
Le Guin apresenta relatos sob a forma de transcrições, documentos genthenianos ou produzidos por emissários da federação anteriores à Genly, que nos fornecem um panorama geral da vida em Gethen e torna esse novo mundo mais real e palpável, contribuindo e muito para o enriquecimento da obra.
Lendo A Mão Esquerda da Escuridão mais 40 anos após a sua publicação, é uma experiência esclarecedora. Não há como negar que este é um trabalho importante na ficção científica, como ele desafia as noções humanas de gênero, os papéis de gênero e sexo.
O que acontece quando o sexo é completamente removido do contexto? Em um mundo onde o sexo é característica de constante mudança, onde os papéis de gênero prescrita não existe, o que resta?
A Mão Esquerda da Escuridão é um romance que quebra paradigmas, é um livro sensacional, é uma obra prima da ficção científica. Intercaladas ao longo do enredo principal (que alterna entre Ai e as perspectivas de Estraven). Cada conto e cada análise fornece uma visão de valor inestimável para a obra, acrescentando mais uma camada de cor para um mundo incrivelmente bem pesquisado e bem desenvolvido.
Dito isso, A Mão Esquerda da Escuridão não é um livro fácil de ler. A prosa de Le Guin é descritiva e graciosa, mas requer um alto nível de concentração e memória para compreender e manter em linha reta os diferentes povos e costumes por toda parte. A menos de 200 páginas, A Mão Esquerda da Escuridão é, contudo, cheio até a borda com ideias desafiadoras, temas e conceitos - não é só o sexo analisado em pormenor, mas também os sistemas políticos, a religião e as facetas da própria natureza humana. Este é um livro difícil, e que poderia desencadear uma série de ensaios e análises aprofundadas. Pode não ser fácil de pegar e ler em uma única sessão (há muita coisa para ser digerida aqui) -, mas isso não é uma coisa ruim. Alguns livros são feitos para serem devorados, outros são feitos para serem saboreados, e este é um desses.
A Mão Esquerda da Escuridão é o tipo de livro que só pode ficar melhor quando lido uma segunda, terceira, quinta vez. É um produto de seu tempo, mas mais impressionante, ele resiste ao teste do tempo. A Mão Esquerda da Escuridão é tão importante - se não mais importante - hoje como era em 1969. Revolucionário, perspicaz e instigante, este continua a ser um clássico romance de Ficção Científica. Este é um romance para ser lido, amado, discutido, e dissecados por todos.
Detalhes:
Título: A Mão Esquerda da Escuridão
Autor: Ursula K. Le Guin
ISBN: 978-85-7657-184-1
Tipo de Capa: Brochura
Número de Páginas: 296
Autor: Ursula K. Le Guin
ISBN: 978-85-7657-184-1
Tradução: Susana Alexandria
Idioma: PortuguêsTipo de Capa: Brochura
Número de Páginas: 296
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