segunda-feira, 7 de abril de 2014

Editora Aleph lança nova edição de Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?

DE VOLTA ÀS LIVRARIAS O CLÁSSICO DA FICÇÃO QUE INSPIROU O FILME BLADE RUNNER 

Editora Aleph lança nova edição de Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, livro de Philip K. Dick que serviu de base para um dos mais importantes filmes de ficção científica do século 20

Vários sucessos do cinema foram inspirados na obra de Philip K. Dick, mas nenhum tão aclamado, tão simbólico para sua época quanto Blade Runner – O Caçador de Androides. O filme icônico de Ridley Scott foi baseado em um dos livros mais brilhantes do autor: Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, que está sendo lançado pela Editora Aleph.


 A presente edição, publicada no Brasil pela primeira vez com o título traduzido fielmente do original (Do Androids Dream of Electric Sheep?), traz uma série de extras inéditos em português:

Uma carta emocionante do Dick aos produtores de Blade Runner, na qual enaltece o filme e profetiza seu sucesso; a última entrevista concedida pelo autor, publicada na revista The Twilight Zone na ocasião do lançamento de Blade Runner; e um posfácio escrito pelo jornalista, escritor e tradutor desta edição, Ronaldo Bressane, que faz uma análise crítica da obra e traça paralelos entre filme e livro. A Editora Aleph ainda disponibilizou outros materiais no site www.ovelhaseletricas.com.br, como um extenso e divertido perfil de Philip K. Dick escrito em 1975 pelo célebre jornalista e editor Paul Williams, para a revista Rolling Stone; trechos suprimidos e o áudio original de sua última entrevista.


PKD E O FILME

Não há dúvida de que Blade Runner deu maior visibilidade à obra de Philip K. Dick. Tanto que Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? foi apenas o primeiro de uma série de trabalhos do autor adaptados para o cinema nas últimas três décadas. Mas até hoje é o mais emblemático. Quando Ridley Scott levou o romance de Dick para as telas, talvez não imaginasse que seu longa-metragem se tornaria uma referência cult dos anos 1980. Mas ambos, autor e diretor, apostaram em seu sucesso. Ainda que nem sempre tivesse sido assim.

Na época em que se discutia a adaptação do livro, Dick demonstrava certo ceticismo em relação ao roteiro. Também contrariou os interesses dos produtores ao se recusar a escrever uma "novelização" de Blade Runner, preferindo republicar o livro original. Acabou se rendendo ao filme só quando assistiu a trechos da película e a depoimentos dos envolvidos. E ficou entusiasmado.

Dick acompanhou a produção de Blade Runner, mas não chegou a assistir ao filme, que estreou nos cinemas em junho de 1982, três meses após sua morte. Antes de partir, porém, profetizou: “Minha vida e meu trabalho criativo estão justificados e inteirados por Blade Runner. Obrigado... será um grande sucesso comercial. Se provará insuperável”.

A TRAMA
Num planeta Terra devastado por uma guerra atômica, grande parte da população sobrevivente emigra para os mundos-colônias, fugindo da poeira radioativa que extinguiu inúmeras espécies de animais e de plantas. Toda criatura viva se torna, então, um objeto de desejo para aqueles que permaneceram, mas esse é um privilégio de poucos. Para a maioria que não pode pagar por um espécime autêntico, empresas começam a desenvolver réplicas eletrônicas e incrivelmente realistas de pássaros, gatos, ovelhas... e até mesmo de seres humanos.

Rick Deckard é um caçador de recompensas. Seu trabalho: eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Seu sonho de consumo: substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal de verdade. A grande chance aparece ao ser designado para perseguir seis androides fugitivos de Marte. É quando Rick percebe que a linha que separa humanos e androides não é tão nítida como acreditava.

Escrito em 1968, Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? continua sendo uma obra visionária. Ao criar uma San Francisco sombria e perturbadora, habitada por homens e réplicas perfeitas, Philip K. Dick não só entretém o leitor com seu texto ágil e divertido, mas também o convida à reflexão: o que determina, afinal, a nossa condição de ser humano?
Philip Kindred Dick nasceu nos Estados Unidos em 1928. Ao longo de seus 53 anos de vida escreveu intensamente e com maestria. O profundo questionamento da condição humana e da verdadeira natureza da realidade tornou-se uma marca indelével de sua obra – tanto que a ficcionista Ursula K. Le Guin chegou a considerá-lo o Jorge Luis Borges norte-americano. Dick morreu em 2 de março de 1982, em decorrência de um acidente vascular cerebral, deixando publicados cinco coletâneas de contos e 36 romances. Embora não tenha tido o justo reconhecimento em vida, várias de suas obras tornaram-se conhecidas ao serem roteirizadas para o cinema. Além de Blade Runner, baseado no romanceAndroides Sonham com Ovelhas Elétricas?O Vingador do FuturoMinority Report e Os Agentes do Destino, entre outros filmes, foram inspirados em contos de Dick, os quais integram Realidades Adaptadas, edição inédita no mundo organizada pela Aleph. 

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