Sinopse: Numa abrangente radiografia, "Dança macabra" é também um emocionado tributo a todos aqueles que um dia se dedicaram à arte de apavorar plateias e leitores. Um presente aos fãs desta que é uma das mais malditas formas de entretenimento. Seja especulando sobre as origens dos medos da infância, racionalizando a sedução do grotesco, ou refletindo sobre as adaptações para o cinema de suas próprias obras, esta é a última palavra em horror do autor que reinventou o gênero.
Os capítulos são separados por formas de horror, aqueles que falam sobre cinema, os que falam sobre a televisão e os que eu mais gostei foram os que falaram sobre o horror no rádio (quando nasci o fenômeno do rádio já havia passado e ler sobre como as pessoas esperavam toda noite para ouvir programas com narrações de horror as altas horas da noite é de um sentimento indescritível, com certeza minha foi parte favorita) e os que falam sobre os livros, naturalmente, autores que eu não conhecia livros sobre o qual eu já tinha ouvido falar, mas que ainda não tive a oportunidade de ler e histórias que eu realmente pretendo conhecer mais a fundo.
No decorrer do livro somos brindados com análises sobre o que se lê e o que se assiste, e principalmente sobre o porquê ler livros com histórias de terror, assistir filmes de terror, enfim, querer deliberadamente ver pessoas sentindo medo, e experimentar um pouco do desespero delas. Em uma das frases que eu mais gostei do livro Stephen diz:
“Muito do que nos atrai nas histórias de horror é o que elas nos permitem exercitar aqueles sentimentos e emoções anti-sociais, que a sociedade nos exige manter escondidos na maior parte das circunstâncias.”
É claro que eu concordo com ele. Quando se diz a seus colegas na escola ou pessoas que você conhece no decorrer do seu dia que gosta de ler ficção de Horror é possível perceber essas pessoas pasmarem na sua frente, com o passar do tempo essa expressão no rosto delas se torna hilária.
Níveis de Horror, formas de monstruosidades, sentido dentro dos pesadelos, tudo isso é descrito, ou melhor, é ensinado maravilhosamente pelo autor. Conhecer mais sobre os monstros é sempre ótimo, vampiros, lobisomens, fantasmas...
”Amamos a ideia de monstruosidade e precisamos dela porque é a reafirmação da ordem que todos almejamos como seres humanos (...) não é a aberração em si, seja física ou mental que nos horroriza, mas em vez disso a desordem que tais aberrações parecem implicar.”Dança Macabra foi o primeiro livro que li de não-ficção e devo admitir que tinha muito receio em lê-lo, porém nas primeiras páginas o receio se desfez, logo no capítulo introdutório me interessei. O Gênero Terror é um dos meus favoritos, e ler sobre ele foi gratificante. Mesmo que em algumas partes o assunto possa não ter me interessado – principalmente quando era falado sobre alguns filmes com enredos de que não me chamaram atenção de forma alguma – nunca passou pela minha cabeça deixar de ler nem uma palavra sequer.
Drácula, Frankenstein, O Médico e o Monstro, Psicose, O Vampiro de Almas, O Exorcista... As várias formas do horror sendo detalhadas no decorrer das páginas. Um livro marcante que se poderá lembrar com facilidade sempre que se ouvir falar sobre um livro ou filme de horror. Recomendável para aqueles que gostam do gênero, tanto os que iniciaram seu caminho no terror agora como os que já o conhecem intimamente. Termino a resenha com uma das frases mais marcantes do livro:
”A Boa história de terror vai se embrenhar no seu centro vital e encontrar a porta secreta para a sala que você acredita que ninguém além de você conhecia (...) o desconhecido nos amedronta... mas nós adoramos dar uma olhadinha às escondidas.”
Detalhes:
Encadernação: Brochura
Formato: 16x23cm
Número de páginas: 464
ISBN: 9788560280957
Autor: Stephen King
Editora:Suma de Letras
Idioma: português
Gênero: Não-ficção
Aline Lima
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