quinta-feira, 14 de março de 2013

3 perguntas para Markus Zusak, o autor de "A menina que roubava livros"



3 PERGUNTAS PARA MARKUS ZUSAK, O AUTOR DE A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

Markus Zusak por Bronwyn Rennix

Encenado no teatro pela primeira vez no ano passado, o livro A menina que roubava livros, de Markus Zusak, há 280 semanas na lista de best-sellers do New York Times, está perto de estrear no cinema.

Em primeira mão, Zusak nos contou as impressões de assistir a seus personagens ganharem vida na aclamada montagem da companhia de teatro Steppenwolf, de Chicago, e as expectativas para o filme. Com estreia prevista para 2014, a adaptação cinematográfica será dirigida por Brian Percival (Downton Abbey) e estrelada por Sophie Nélisse (Liesel Meminger), Geoffrey Rush e Emily Watson. As filmagens já começaram em Berlim.

Cena da peça A menina que roubava livros. Foto: Kristyna Archer para o jornal The New York Times


Intrínseca — Recentemente, A menina que roubava livros foi adaptado para o teatro em uma montagem encenada em Chicago. Como você se sentiu ao ver Liesel, Rudy e Hubermanns ganharem vida? Como o desafio de ter a Morte como narradora foi resolvido?

Markus Zusak — A montagem, produzida pela companhia teatral Steppenwolf, foi realmente especial. No começo pensei que seria difícil de assistir, porque, de repente, está tudo lá, bem na sua frente. Diferentemente de como acontece com os livros, no teatro você não precisa imaginar. Eu estava preocupado se certas cenas iriam funcionar tão bem no palco como eu as havia imaginado no livro. Mas a peça é linda. E fez com que eu e os personagens nos orgulhássemos.

Quanto à Morte, a narradora, ela foi interpretada por um homem mais velho – uma personagem educada e cordial, mas que lidava muito bem com o seu trabalho…
Emily Watson, Sophie Nélisse e Geoffrey Rush.

I — Depois de seis anos o seu livro está sendo adaptado para o cinema. Você está participando da produção e da elaboração do roteiro de alguma forma? Quais são as suas expectativas com relação ao filme? O que você acha do elenco que foi definido?

MZ — Se alguém me dissesse, quando o livro foi negociado para o cinema, que Geoffrey Rush e Emily Watson seriam escolhidos para atuar no filme e que contratariam um grande diretor, eu teria achado graça. Estou muito entusiasmado. Não tinha como contribuir com o roteiro, além de lê-lo e de dar algumas sugestões, mas posso levar algum crédito por Sophie Nélisse, a atriz que interpretará Liesel. Eu a vi no filme Monsieur Lazhar e pensei: “Ela seria uma ótima Liesel.” E quando a sugeri aos produtores, eles logo a procuraram e ela acabou conseguindo o papel. Tenho certeza de que Nélisse se transformará completamente em Liesel e a tornará maravilhosa.

Sobre as expectativas: agora não tenho nenhuma. Estou tentando não pensar sobre isso e me concentrar para, finalmente, terminar meu livro novo!

I — Lionel Shriver, autora de Precisamos falar sobre o Kevin, disse certa vez que vender os direitos de um livro para Hollywood é como vender a alma ao diabo — o resultado (bom ou ruim) não é de responsabilidade do escritor e se torna um produto totalmente diferente. Você concorda com esta afirmação?

MZ — Concordo que é bom você praticamente lavar as mãos e dizer: “Bem, agora é com você.” Para mim, porém, é mais como dar algo aos seus irmãos — alguém que é semelhante a você em alguns aspectos, mas totalmente diferente em outros. Você os ama, mas não tem certeza do que eles farão — e dá essa chance a eles de qualquer forma. Você confia a obra a eles porque sabe que o resultado pode ser brilhante.

Créditos - Editora Intrínseca 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre Nós

PsicoseCultural

Criado em Março de 2013, o Psicose Cultural surgiu como um simples blog voltado para o mundo da literatura. A proposta do Psicose Cultural é, sem dúvida, criar entretenimento literário diversificado e diferenciado para seus leitores. Temos como objetivo, informar, dar opiniões, resenhar, tudo relacionado com o mundo literário.




Facebook

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *