segunda-feira, 24 de março de 2014

Editora Alfaguara relança quatro livros da autora Martha Medeiros

Fora de mim

Autora do best-seller Divã, novela irônica e bem-humorada sobre uma mulher que enfrenta o fim de seu casamento arrastado em plena crise dos 40, Martha Medeiros faz agora de seus leitores testemunhas de outro momento, talvez mais crucial e terrível na relação amorosa - aquele em que a paixão acaba, por mais intensa que tenha sido.

Sinopse: Em Fora de mim, a autora vai ainda mais fundo na descrição de sentimentos universais provocados por essa perda, comparada por ela a um acidente de avião, em que os sobreviventes "percebem a perda de altitude, a potência enfraquecida das turbinas e o desastre iminente, até que acontece a parada definitiva da aeronave, (...) e sobe do chão um silêncio absoluto, (...) a quietude amortizante de quem não respira, não pensa, não sente nada ainda."

A autora inicia sua narrativa visceral no instante da despedida, da queda, do fim trágico, nem além nem aquém da dor maior: quando se tem a certeza de que não há mais volta. Aos poucos, o leitor vai compreendendo como tudo aconteceu, como tudo afinal foi ficando fora de controle.

Recém-separada de um casamento longo e pacífico, a protagonista se apaixona loucamente, embora não cegamente, por um outro homem, de personalidade conturbada, com quem vive uma intensa paixão. Consciente do mergulho, a mulher pressente que no fundo daquela relação só acabaria encontrando a escuridão da dor. Mesmo assim, dá o salto. E perde. A entrega aqui é um vício sem saída.

"Não resistirei. Sei que está tudo errado e que o sofrimento me alcançará a cada minuto (...) Não tenho mais forças para lutar contra o que se declara gigantesco em qualquer ser humano: a pulsão da entrega", confessa a narradora.

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Divã

Sinopse: Na verdade, o mundo inventado por sua protagonista é abertamente inspirado na realidade que ela captura em suas deliciosas crônicas. Divã conta a história de Mercedes — uma mulher com mais de 40, casada, filhos — que resolve fazer análise. O que começa como uma simples brincadeira acaba por se transformar num ato de libertação; poético, divertido, devastador. Marinheira de primeira viagem em terapia, a personagem encara o consultório como se fosse uma espécie de alfândega que vai dar o visto para ela passar para o lado mais oculto de sua personalidade.

Ao deitar-se no divã, Mercedes não hesita em alertar o terapeuta: "Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna delicada. Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo."

Dona de um texto simples e brilhante, Martha nos seduz com uma narrativa envolvente e catalizadora. O leitor que a princípio se transforma numa espécie de voyeur, é levado por espiral de acontecimentos reveladores. Ao final da leitura se vê cúmplice das loucuras, conflitos e questões existenciais da personagem, e se dá conta que ele também, em vários momentos, estava deitado em seu próprio divã.

Mercedes é uma mulher que se parece um pouco com qualquer mulher. Divertida, pragmática, inteligente e sim, por que não? superfeminina. É do tipo corajosa, daquelas que não têm medo de nada. Capaz de administrar bem a casa, os filhos, o marido e até mesmo seus ataques de vaidade. Ela nos parece muito segura de si, daquelas que possuem controle sobre tudo. Será?

Ao se deitar naquele divã, Mercedes se dá conta de suas armadilhas cotidianas. Ao entrar neste jogo catártico, ela nos confidencia que a liberdade é atraente quando nos parece uma promessa, mas pode nos enlouquecer quando se cumpre.

(...) O sucesso que Martha Medeiros faz como cronista trazia o risco de ela esquecer que também é uma grande poeta. Mas não foi preciso fazer ameaças, organizar passeatas, nada disso. Ela mesma se encarregou de voltar à poesia com o lançamento de Cartas Extraviadas e Outros Poemas, que entre outras coisas diz: ‘aceito flores, beijos e anéis/a contragosto e em último caso, motéis/mas não me venha com suíte/que romantismo tem limite’." - Luis Fernando Verissimo

"Brincando, brincando, o que Martha mais faz é poesia de amor. Tem mais ainda — é absolutamente compreensível, sobretudo pra quem compreende." - Millôr Fernandes

"(...) A leveza que nunca é só ligeira, a pungência que consola, o sorriso que dói, tudo contribui para a plenitude dessa voz incomum. Suas Poesias Reunidas são leitura imperdível, pra mim compulsiva. Cada leitor há de reagir ao seu modo ante uma autora séria, seríssima, que lhe diz de repente: ‘São tantos os canais do coração/que chegando em Veneza fiquei nua...’, mas há de convir que, se a arte de congregar alusões faz a força do poeta, este (ou esta?) tem muito muque(..)" - Bruno Tolentino, revista Bravo, sobre Poesia Reunida

"(...) gosto demais do que a Martha escreve: toca em sentimentos sem ser sentimentalóide, é bem-humorada sem ser superficial, é irônica sem ser maldosa (...)" - Lya Luft

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Tudo que eu queria te dizer

Mestre na capacidade de nos emocionar, de forma simples e direta, Martha Medeiros concebeu Tudo que Eu Queria te Dizer como um livro de contos, estruturados de forma independente. Fictícias, as cartas deste livro passam uma situação a limpo. Seus remetentes não se importam mais – em se expor, demonstrar sua raiva, mágoa, solidão, amargura, seus sentimentos de inadequação ou segredos mais íntimos.

Sinopse: O que você sempre quis dizer a alguém - e nunca teve coragem? O que precisa falar de uma vez por todas - mas desiste, espera, até chegar o momento mais apropriado? Em Tudo que eu queria te dizer , Martha Medeiros encarna personagens que assinam cartas reais, trágicas, por vezes cômicas, devastadas por sua dor. Em comum, as personagens deste livro têm a verdade de quem atravessa um ponto de virada em suas vidas e resolve colocar as cartas na mesa. 

Mestre na capacidade de nos emocionar, de forma simples e direta, a gaúcha Martha Medeiros concebeu Tudo que eu queria te dizer como um livro de contos, estruturados de forma independente. Na forma de cartas, Martha revela com delicadeza os dramas das personagens. Como a amante que escreve à mulher traída, a filha que relata a emoção de ser mãe à avô ausente, o jovem motorista que escreve à mãe do amigo morto num acidente de automóvel, ou a viúva saudosa que se dirige ao marido morto. Perdão, vingança, alívio, um pouco de nós está em cada uma dessas vozes, que expressam através de cartas uma confissão ou o exorcismo de nossos demônios.

"Martha Medeiros tem armas suficientes para transformar o tempo no maior aliado de seu talento cintilante" - Caio Fernando Abreu, escritor

"A escrita é sensível, forte, madura, livre, solta e segura" - Fernando Eichenberg, jornalista

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Selma e Sinatra

Martha Medeiros consagrou-se como ficcionista ao lançar seu primeiro romance, Divã, pela editora Objetiva, que já vendeu mais de 50 mil exemplares. Em seu novo romance, Selma e Sinatra, , ela narra a relação entre duas mulheres diferentes – nas origens, medos, idades e ambições. Mulheres que provavelmente sequer se encontrariam, se não fosse um projeto em comum.

Sinopse: Quando Guta - 41 anos, jornalista, três livros publicados nenhum sucesso literário - decide escrever a biografia de Selma, acredita ter encontrado a grande chance de sua vida. Selma, algo em torno de 70 anos, cantora que marcou época, certamente terá muito o que contar. Guta não tem dúvidas: alguns meses de trabalho e o reconhecimento, a fama. Os primeiros encontros, porém, são bem menos promissores do que ela imaginou. Selma teve uma infância feliz, uma carreira maravilhosa, uma vida cor-de-rosa: como será possível escrever um livro intenso e apaixonante, se tudo mais parece uma bela comédia romântica da sessão da tarde?

O impacto dos encontros repercute nas duas mulheres, de forma diferente, com um andamento sutil e ao mesmo tempo profundo, impressionante - como a passagem do tempo, quando parece que não passa, mas corre mais rápido do que nos damos conta. A prosa de Martha Medeiros nos remete às armadilhas deste encontro com sutileza, como se aparentemente apenas contasse histórias sobre duas mulheres. A autora, uma das colunistas mais lidas do país, é especialista no assunto e nos apresenta com esta ficção uma pequena joia literária.

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