segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Resenha: Psicose

Livro: Psicose
Autor: Robert Bloch
Editora: DarkSide Books
Compre: Submarino
Sinopse: Psicose, o clássico de Robert Bloch, foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas. Em Psicose, sem edição no Brasil há 50 anos, Bloch antecipou e prenunciou a explosão do fenômeno serial killer do final dos anos 1980 e começo dos 1990. O livro, assim com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror, inspirando um número sem fim de imitações inferiores, assim como a criação de Bloch, o esquizofrênico violento e travestido Bate, tornou-se um arquétipo do horror incorporado a cultura pop.

Resenha: Psicose é um clássico do horror e do suspense estrita por Robert Bloch e imortalizada no cinema por Alfred Hitchcock.

Este é de longe um dos meus romances de terror favoritos de todo os tempos. Psicose é um livro excepcional, mesmo sendo um pouco ofuscado pelo famoso filme de Alfred Hitchcock, que recebeu o mesmo nome.

"Claro, o tempo é relativo. Einstein disse isso, e ele na fora o primeiro a descobrir—os antigos também sabiam, assim como alguns místicos modernos, como Aleister Crowley e Ouspensky. Tinha lido todos, tinha até alguns livros deles. A Mãe não aprovava; dizia que essas coisas eram contrárias à religião. Mas esse não era o verdadeiro motivo. Era porque, quando ele lia esses livros, não era mais o filhinho dela. Era um adulto, um homem que estudava os segredos do tempo e do espaço, e sabia os segredos da dimensão e da existência. Era como se fosse duas pessoas, na verdade—a criança e o adulto. Quando pensava na Mãe, ele voltava a ser criança, usava vocabulário de criança, referências e reações infantis. Mas quando estava sozinho, não; em verdade, não sozinho, mas afundado em um livro, era um indivíduo maduro."

A trama começa quando a jovem Mary Crane rouba 40 mil reais de seu chefe, e decide fugir. A intenção de Mary é de ir ao encontro de seu noivo, Sam, o que ela não esperava é que uma inesperada tempestade faria com que ela pegasse a estrada errada, chegando ao Bates Motel. Exausta de tanto dirigir, Mary decide ficar no motel até que possa retomar o seu caminho.


Mary é atendida por Norman Bates, um homem de meia idade, careca, acima do peso e atormentado pela mãe, uma mulher controladora e perturbada. Apesar de seu jeito inofensivo Norman esconde um grande segredo, que será revelado ao decorrer do livro.



"Norman não gostava de se barbear por causa do espelho. Havia linhas curvas nele. Todos os espelhos pareciam ter ondas que feriam sua vista."

Norman convida Mary para fazer uma refeição em sua casa, já que o restaurante mais próximo fica a mais de 15 km. Quando Bates decide comunicar sua mãe a respeito de Mary ir jantar na casa, eles têm uma grande discussão, pois a sua mãe não aceita que ele a leve, é então que Norman conta a Mary que sua mãe não irá jantar com eles, pois ela está muito doente.

Ao decorrer do “jantar” Mary tem uma pequena discussão com Norman. Quando Mary decidi retornar ao seu quarto, vai direto tomar um belo banho quente, é então que uma figura estranha entra discretamente no banheiro e a esfaqueia.

“Não podia ouvir nada além do barulho da água, e o banheiro começou a se encher de vapor. Foi por isso que não percebeu a porta se abrir, nem o som de passos. Logo que as cortinas se abriram o vapor obscureceu o rosto... Mary começou a gritar. A cortina se abriu mais e uma mão apareceu, empunhando uma faca de açougueiro. E foi a faca que, no momento seguinte, cortou seu grito.”
Uma semana depois Lila Crane vaia ao encontro de Sam para saber sobre o paradeiro de Mary. Além da irmã e do noivo de Mary, um detetive particular também está a sua procura. É nesta busca implacável por Mary que grandes segredos serão revelados.

Como dito anteriormente, Psicose é o melhor clássico do horror que já li. Robert Bloch tem uma escrita fácil e de gustativa, cheia de riqueza e detalhes. Quando começa a ler é realmente impossível parar. Este é aquele livro que você diz só mais um capitulo e no fim leu o livro inteiro. Uma obra inestimável, perfeita do começo ao fim, com um final inesperadamente perfeito.

Mas confesso que o filme não me conquistou tanto quando o livro.

Detalhes: 
Encadernação: Brochura
Formato: 14x21cm
Número de páginas: 240
ISBN: 
9788566636154
Autor: 
Robert Bloch
Tradução: 
Anabela Paiva
Editora: DarkSide®
Idioma: Português
Gênero: Terror / Suspense

Diego J. S.

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