Publicada pela primeira vez em 1987 na Inglaterra pela Escape Books, a graphic novelViolent Cases mistura realidade e fantasia ao narrar as memórias de um jovem que na infância conheceu o médico osteopata do gângster Al Capone. A história se divide entre os relatos do médico sobre sua convivência com o gângster e a relação do garoto com o pai.
A violência está presente na rotina das personagens e as memórias narradas são imprecisas, já que o jovem não sabe ao certo o que de fato aconteceu e o que é fruto de sua imaginação. As artes, com cores que passam pelo azul, cinza e marrom, acompanham o jogo de memórias do protagonista.
Violent Cases surgiu em uma época de grande efervescência para os quadrinhos, em que foram publicados Maus, de Art Spiegelman, e Watchmen, de Alan Moore e David Gibbons. O formato buscava atingir novos públicos e tratar de temas que fossem além da ficção científica e das histórias de super-heróis. Gaiman, que ficaria conhecido posteriormente pela série Sandman, reuniu-se com McKean para escrever uma história que pudesse ser lida por qualquer pessoa e que revelasse definitivamente o potencial das graphic novels.
“Parte memórias de infância, parte reconstrução de um passado brutal, parte comentário sobre a magia que se recolhe das recordações, Violent Cases evoca sensações pouco familiares de forma não familiar.” Alan Moore.
A edição lançada agora pela editora Aleph foi traduzida por Érico Assis, e a capa é assinada pelo designer Pedro Inoue, diretor de arte da revista AdBuster.
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