sexta-feira, 12 de abril de 2013

Uma feira de cores numa cidade cinzenta


Estátua de Netuno, deus romano do mar - Fontana del Nettuno (Bolonha)
Casacos escuros, dias cinzentos e árvores sem folhas: em Bolonha este ano, o frio se recusou a ir embora junto do inverno. Mas é compreensível. Quem, afinal, iria querer sair de lá justo quando estava acontecendo o evento de literatura infantil mais importante do mundo?
Mais de 20 mil metros quadrados, 1.200 expositores de 75 países, 25 mil profissionais circulando. Era a 50 a edição da Feira do Livro Infantil de Bolonha, minha primeira vez lá. Para nós, editores, é uma grande oportunidade. Dezenas de reuniões, de meia em meia hora, com agentes literários, publishers, outros editores, autores, pessoal de marketing e de direitos autorais — todos ali reunidos para mostrar o que têm de mais bacana. Os melhores livros, as melhores campanhas, os autores mais badalados. Se não dá para trazer tudo na mala, dá para trazer na cabeça.
Entre uma mesa de reunião e outra, Rick Riordan mandou dizer que não para de se surpreender com o carinho e a participação dos fãs brasileiros, e que é infinitamente gratificante escrever para nós. John Green, aguardando a chegada de seu bebê, lamenta não poder vir agora ao Brasil. Não, não: eu não os encontrei, infelizmente. Mas competentes intermediários tinham a recomendação expressa de fazer os recados chegarem até vocês, leitores. Tio Rick, então, pediu até foto: ele gosta de conhecer os editores estrangeiros.
Mesmo na correria foi impossível não dar uma paradinha para admirar o estande da Turma da Mônica e folhear revistinhas editadas no mundo inteiro, ver os espaços montados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e pela Biblioteca Nacional ou comemorar a premiação da brasileira Cosac Naify, lá, tão longe de casa.
O saldo dessa aventura? Muito material para avaliar e o lançamento mais empolgante da feira na mala, só esperando a hora de ser traduzido e publicado pela Intrínseca. Ah, sim, e também um gorro bem quentinho que a carioca aqui teve de comprar correndo para não ter o cérebro congelado.
*Danielle Machado é editora dos livros infantojuvenis e cross-over da Intrínseca.
Créditos - Editora Intrínseca 

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Criado em Março de 2013, o Psicose Cultural surgiu como um simples blog voltado para o mundo da literatura. A proposta do Psicose Cultural é, sem dúvida, criar entretenimento literário diversificado e diferenciado para seus leitores. Temos como objetivo, informar, dar opiniões, resenhar, tudo relacionado com o mundo literário.




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